Corinthians e Vasco ficam no empate sem gols e deixam decisão da Copa do Brasil totalmente aberta
O Corinthians ficou no empate por 0 a 0 com o Vasco da Gama na noite desta quarta-feira, em duelo válido pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil. O confronto, disputado em clima de decisão, foi marcado por equilíbrio, intensidade e poucas chances claras de gol, refletindo o peso de uma final nacional. Com o resultado, nenhuma das equipes leva vantagem para a partida de volta, e o título da competição ficará completamente em aberto para o confronto decisivo no Maracanã.
Desde os primeiros minutos, o jogo mostrou o nervosismo natural de uma final. As duas equipes adotaram postura cautelosa, priorizando a marcação e evitando erros que pudessem comprometer o resultado. O empate sem gols, embora não tenha agradado plenamente às torcidas, manteve a disputa em igualdade absoluta, aumentando a expectativa para o segundo e decisivo encontro entre paulistas e cariocas.
A primeira etapa foi marcada por um início truncado, com disputas intensas no meio-campo e dificuldade para ambos os lados em transformar posse de bola em chances claras. Aos poucos, o Vasco conseguiu equilibrar melhor suas ações ofensivas e passou a frequentar mais o campo de ataque, obrigando o Corinthians a redobrar a atenção defensiva, especialmente com bolas alçadas na área e jogadas pelos lados do campo.
A equipe carioca chegou a balançar as redes em um lance que levantou o público, quando um de seus atacantes finalizou com precisão após infiltração em velocidade. No entanto, a arbitragem assinalou corretamente o impedimento, anulando o gol. Pouco depois, o Corinthians respondeu em jogada semelhante, também chegando ao gol em lance invalidado por posição irregular, o que reforçou o clima de equilíbrio e tensão no confronto.
Com o passar dos minutos, o time do Parque São Jorge passou a controlar melhor a posse de bola, tentando impor seu ritmo por meio da troca de passes no meio-campo. As bolas paradas surgiram como principal arma ofensiva, levando perigo à defesa vascaína, mas sem sucesso na finalização. Apesar disso, o Vasco seguiu perigoso em transições rápidas, explorando espaços deixados nas laterais e exigindo atenção constante do sistema defensivo alvinegro.
Na segunda etapa, o ritmo da partida caiu ligeiramente, reflexo do desgaste físico e do cuidado redobrado para não sofrer gols. O Corinthians passou a ter mais posse de bola, trabalhando o jogo de forma paciente, mas encontrou dificuldades para furar o bloqueio defensivo do adversário. O Vasco, por sua vez, mostrou-se mais objetivo quando recuperava a bola, criando as oportunidades mais claras do segundo tempo.
Em uma dessas investidas, a equipe carioca acertou a trave, em finalização que levou perigo real ao gol defendido por Hugo Souza. O lance serviu de alerta para o Corinthians, que passou a ser mais cauteloso na saída de bola e reforçou a marcação no setor central do campo. Mesmo com as mudanças promovidas por Dorival Júnior, o time paulista não conseguiu aumentar significativamente seu poder ofensivo.
As substituições deram novo fôlego ao meio-campo corinthiano, mas o cenário da partida permaneceu semelhante. A equipe manteve o controle da posse, mas encontrou dificuldades na criação de jogadas mais agudas. As finalizações foram raras, e quando surgiram, pararam na defesa bem postada do Vasco ou nas mãos do goleiro adversário.
Nos minutos finais, o jogo ganhou em tensão, com as duas equipes buscando uma vantagem mínima para levar ao confronto decisivo. O Corinthians tentou pressionar nos instantes derradeiros, apostando em cruzamentos e jogadas individuais, enquanto o Vasco se fechou defensivamente, explorando os contra-ataques. Apesar do esforço de ambos os lados, o placar permaneceu inalterado até o apito final.
Com o empate, a decisão da Copa do Brasil ficará para o segundo jogo, que será disputado no Maracanã. Um novo empate levará a definição do campeão para a disputa por pênaltis. Além da taça, a conquista do título representa uma vaga direta na fase de grupos da Libertadores de 2026, além de uma premiação milionária que ultrapassa os setenta milhões de reais, aumentando ainda mais a importância do confronto decisivo.
O Corinthians entra em campo no jogo de volta em busca de seu quarto título da competição, ciente de que precisará ser mais eficiente ofensivamente para superar o adversário fora de casa. A equipe sabe que qualquer detalhe poderá ser decisivo, e a preparação para o confronto final será fundamental para alcançar o objetivo.
Para a partida, o técnico Dorival Júnior teve força máxima à disposição e optou por algumas mudanças táticas em relação ao último compromisso da equipe. A ideia foi dar mais sustentação ao meio-campo e melhorar a saída de bola, buscando equilíbrio entre defesa e ataque. Mesmo com essas alterações, o desempenho coletivo oscilou ao longo da partida, refletindo o peso e a responsabilidade de uma final.
O Corinthians iniciou o confronto com Hugo Souza; Matheuzinho, André Ramalho, Gustavo Henrique e Matheus Bidu; Raniele, José Martínez, Breno Bidon e Rodrigo Garro; Yuri Alberto e Memphis Depay. Ao longo do jogo, o treinador utilizou diversas opções no banco de reservas, tentando modificar o panorama da partida e encontrar soluções ofensivas.
Do outro lado, o Vasco, comandado por Fernando Diniz, apostou em uma proposta equilibrada, valorizando a posse de bola e buscando infiltrações rápidas. A equipe mostrou organização defensiva e soube aproveitar os espaços quando teve oportunidades, criando as chances mais perigosas do confronto, ainda que sem sucesso na finalização.
O empate sem gols, embora não tenha definido vantagem para nenhum dos lados, aumentou a expectativa para a grande decisão. A final segue aberta, com promessa de um duelo intenso e disputado no segundo jogo, onde qualquer erro poderá custar o título. Para o Corinthians, o resultado mantém viva a chance de levantar mais um troféu nacional e escrever mais um capítulo importante em sua história recente.

