Copa do Brasil – Final (volta) Vasco 1X2 Corinthians

Corinthians se consagra campeão da copa do Brasil 2025.


Corinthians vence o Vasco no Maracanã, confirma superioridade na decisão e conquista a Copa do Brasil de 2025

O Corinthians escreveu mais um capítulo dourado de sua história centenária na noite deste domingo. Em um Maracanã tomado por expectativa, tensão e rivalidade, o Timão venceu o Vasco da Gama por 2 a 1, confirmou o equilíbrio demonstrado no jogo de ida e levantou, com autoridade, a Copa do Brasil de 2025, conquistando o torneio nacional pela quarta vez. A atuação foi marcada por inteligência tática, entrega coletiva e eficiência nos momentos decisivos, atributos que definiram uma campanha vitoriosa e madura da equipe alvinegra.


Depois do empate sem gols no confronto de ida, disputado em São Paulo, o título estava completamente aberto. A decisão no Rio de Janeiro exigia concentração máxima, frieza emocional e capacidade de sofrer quando necessário. E o Corinthians apresentou exatamente esse repertório. Mesmo enfrentando um adversário empurrado por sua torcida e atuando em um dos estádios mais emblemáticos do país, o clube do Parque São Jorge mostrou personalidade para sair atrás do domínio territorial, marcar quando teve espaço e suportar a pressão nos momentos finais.


A conquista da Copa do Brasil coroou uma temporada extremamente positiva. Além do título nacional, o Timão já havia levantado outro troféu ao longo do ano, fechando 2025 com dois campeonatos importantes no currículo. Como consequência direta, o clube garantiu vaga na fase de grupos da Libertadores de 2026 e também assegurou presença na Supercopa, ampliando o calendário internacional e a projeção esportiva do elenco. Fora de campo, o impacto financeiro também foi expressivo: a premiação total pela conquista chegou a R$ 77.175.000, valor que reforça o planejamento e a competitividade do clube para os próximos anos.


O Corinthians iniciou a decisão com uma proposta clara. Sabia que enfrentaria um Vasco da Gama agressivo, buscando impor ritmo desde os primeiros minutos. Assim, a equipe alvinegra optou por uma postura de concentração defensiva, linhas compactas e saídas rápidas em direção ao ataque, principalmente explorando a movimentação de Yuri Alberto. A estratégia funcionou com o passar do tempo, mesmo diante de um começo de jogo mais truncado e físico.


Nos minutos iniciais, a posse de bola ficou majoritariamente com o time carioca, mas sem grande efetividade. O Corinthians, ainda ajustando suas linhas, demorou a encaixar as transições ofensivas, apostando em ligações diretas que, num primeiro momento, não surtiram efeito. Com o decorrer da partida, porém, o equilíbrio foi se estabelecendo. Aos poucos, o Timão passou a respirar, trocar passes com mais segurança e afastar o Vasco de sua área.


A primeira grande chance do jogo foi alvinegra. Yuri Alberto, recebendo no ataque, finalizou com perigo e arrancou o primeiro grito mais forte da torcida corinthiana presente no estádio. O lance deu confiança à equipe, que passou a acreditar ainda mais na estratégia adotada. O Vasco respondeu em jogada aérea, mas sem levar perigo real ao gol defendido por Hugo Souza, seguro durante toda a decisão.
Quando o jogo parecia equilibrado, o Corinthians mostrou eficiência máxima. Em jogada bem trabalhada pela direita, Matheuzinho encontrou Yuri Alberto com um passe preciso. O atacante dominou, invadiu a área com liberdade e finalizou com categoria na saída de Léo Jardim, abrindo o placar no Maracanã e colocando o Timão em vantagem na decisão. O gol silenciou momentaneamente o estádio e deu ainda mais tranquilidade ao time paulista.


Após o gol, o clima do jogo ficou mais tenso. As disputas se intensificaram, as faltas ficaram mais duras e o confronto ganhou contornos típicos de uma grande final. O Corinthians manteve a estratégia de buscar Yuri Alberto em profundidade e chegou a desperdiçar uma grande chance de ampliar, em nova bola longa que encontrou o camisa 9 em boa condição de finalização.


O erro custou caro. O Vasco da Gama, sentindo a necessidade de reagir, avançou suas linhas e passou a pressionar pelos lados do campo. Em uma transição rápida, após erro de passe no meio, a equipe carioca acelerou pela direita e encontrou espaço para cruzar. Nuno Moreira apareceu bem na área e cabeceou para o fundo das redes, empatando a partida e reacendendo a decisão. O gol trouxe novamente equilíbrio emocional e tático ao confronto, que seguiu disputado até o intervalo.


Na volta para o segundo tempo, a intensidade aumentou ainda mais. O Corinthians retornou disposto a não deixar o adversário confortável e logo nos primeiros minutos levou perigo em bola parada. Gustavo Henrique subiu com liberdade após cobrança de falta e testou firme, por pouco não recolocando o Timão em vantagem. O lance mostrou que a equipe não se contentaria apenas em se defender.
O Vasco, por sua vez, tentou assumir o controle das ações, empurrando o Corinthians para mais perto de sua área. As bolas alçadas passaram a ser a principal arma do time carioca, mas a defesa alvinegra se mostrou bem posicionada, cortando cruzamentos e bloqueando finalizações. O jogo ficou mais interrompido, com muitas faltas, discussões e cartões, refletindo o peso da decisão.


Foi justamente quando a partida parecia travada que o Corinthians encontrou o golpe decisivo. Em jogada construída com qualidade, Breno Bidon conduziu pelo meio, atraiu a marcação e abriu para Matheuzinho. O lateral teve visão e calma para acionar Yuri Alberto, que, com inteligência, fez o passe final para Memphis Depay. Livre dentro da área, o holandês finalizou com precisão, marcando o segundo gol corinthiano e colocando o Timão novamente em vantagem na decisão.
O gol foi um prêmio à maturidade coletiva da equipe. A partir dali, o Corinthians soube administrar o resultado sem abdicar completamente do ataque, mas priorizando a solidez defensiva. O Vasco aumentou a pressão, empilhou cruzamentos e tentou de todas as formas chegar ao empate, mas encontrou um adversário organizado, disposto a sofrer e extremamente comprometido com o título.


As mudanças promovidas por Dorival Júnior reforçaram essa postura. O treinador ajustou o meio-campo, renovou o fôlego da equipe e, nos minutos finais, fortaleceu ainda mais o sistema defensivo, entendendo o momento do jogo e a necessidade de proteger a vantagem mínima. A estratégia funcionou.
Nos instantes derradeiros, o Vasco promoveu uma verdadeira blitz. A bola rondou a área, os cruzamentos se sucederam e a tensão tomou conta do estádio. Foi nesse cenário que Hugo Souza apareceu de forma decisiva, realizando uma defesa fundamental em chute perigoso e garantindo a tranquilidade necessária para os últimos segundos da decisão.


Quando o apito final soou, o sentimento foi de alívio, alegria e dever cumprido. No Maracanã, o Corinthians confirmou a vitória, venceu o Vasco da Gama, superou a pressão e conquistou, com méritos, a Copa do Brasil de 2025. Um título construído com inteligência, união e espírito coletivo, que reafirma a grandeza do clube e reforça sua tradição em decisões nacionais.