Copa Libertadores Feminina – Quartas de Final – Corinthians 4X0 Boca Juniors


Corinthians Brilha na Argentina e Goleia o Boca Juniors Rumo à Semifinal da Libertadores Feminina

Em uma noite inesquecível para o futebol feminino alvinegro, o Corinthians demonstrou toda sua força e tradição continental ao vencer o Boca Juniors por 4 a 0, neste sábado, no estádio Deportivo Morón, na Argentina, garantindo vaga na semifinal da Conmebol Libertadores Feminina. Mesmo atuando fora de casa, as Brabas dominaram a partida do início ao fim e confirmaram o favoritismo com três gols da estrela Gabi Zanotti e outro da atacante Jhonson, em mais uma exibição impecável da equipe comandada por Lucas Piccinato.


Desde o apito inicial, o time alvinegro mostrou que não se intimidaria com o ambiente argentino. As corinthianas tomaram conta das ações, controlaram a posse de bola e transformaram a superioridade técnica em um verdadeiro espetáculo em campo. Com menos de dez minutos, a pressão intensa já se convertia em vantagem no placar, quando Gabi Zanotti abriu o marcador em cobrança de pênalti precisa, deslocando a goleira adversária Oliveros com extrema categoria.


A camisa 10, símbolo de raça e talento das Brabas, não parou por aí. Poucos minutos depois, aproveitou excelente cruzamento de Andressa Alves para ampliar o placar e consolidar o domínio corinthiano ainda na primeira etapa. A conexão entre as duas meias ofensivas foi uma das armas mais letais do Corinthians na partida, confundindo completamente o sistema defensivo do Boca Juniors, que se via sem respostas diante da movimentação intensa e da troca de passes precisa das brasileiras.


O terceiro gol, ainda antes do intervalo, coroou a atuação monumental de Gabi Zanotti. Após sofrer uma falta próxima à área, a atacante se posicionou com inteligência e, após cobrança milimétrica de Duda Sampaio, subiu mais alto que a marcação para completar de cabeça e marcar o hat-trick, levando a torcida corinthiana presente ao delírio. Era a confirmação da supremacia absoluta do Timão sobre as argentinas e mais uma exibição de gala da craque alvinegra em competições continentais.


No segundo tempo, com o placar já confortável, o técnico Lucas Piccinato aproveitou para rodar o elenco e dar ritmo a outras jogadoras importantes. Entraram Juliete e Ariel Godoi nas vagas de Tamires e Andressa Alves, respectivamente, e, pouco depois, Jhonson e Ivana Fuso substituíram Gabi Zanotti e Dayana Rodríguez. As mudanças não diminuíram o ímpeto ofensivo das Brabas; pelo contrário, trouxeram novo fôlego ao setor de ataque, que seguiu pressionando a defesa adversária.


Logo após as substituições, o Corinthians manteve o padrão de jogo que tem encantado os torcedores durante toda a temporada: posse qualificada, transições rápidas e amplitude pelos lados. Ariel Godoi e Jhonson passaram a explorar o espaço entre as zagueiras argentinas com muita velocidade e movimentação. A insistência logo deu resultado. Aos 20 minutos, após excelente passe de Letícia Monteiro, que rompeu a linha defensiva do Boca, Jhonson apareceu livre para empurrar a bola para o fundo da rede e fechar a goleada por 4 a 0.


O resultado refletiu não apenas a superioridade técnica, mas também o preparo tático e emocional do grupo. O Corinthians se impôs desde o primeiro minuto, não cedeu espaços, manteve a concentração e soube administrar o jogo com maturidade. O setor defensivo, comandado por Erika, Thaís Ferreira e Mariza, teve atuação sólida, neutralizando completamente as tentativas do ataque argentino. A goleira Nicole foi pouco exigida, mas mostrou segurança quando acionada, especialmente em uma falta cobrada por Sasaki ainda no primeiro tempo.


No meio-campo, o trio formado por Andressa Alves, Duda Sampaio e Dayana Rodríguez deu o tom da partida, ditando o ritmo e garantindo fluidez nas transições ofensivas. A presença constante das alas Tamires e Gisela Robledo também foi determinante para abrir espaços e empurrar a marcação argentina para dentro de sua própria área.


Mesmo com o placar elástico, o Corinthians seguiu buscando o gol até os minutos finais. A postura agressiva e a mentalidade vencedora das Brabas impressionaram, confirmando o trabalho consistente de Lucas Piccinato e o comprometimento das jogadoras com o projeto corinthiano. O treinador, que mais uma vez optou pelo esquema 3-5-2, viu sua estratégia ser executada com perfeição, explorando as virtudes da equipe em cada setor do campo.


Do lado argentino, o Boca Juniors pouco conseguiu produzir. A equipe dirigida por Florencia Quiñones sofreu com a intensidade corinthiana e cometeu erros sucessivos na saída de bola. As tentativas de reação foram raras, e a maioria das jogadas terminou interceptada pela linha de três zagueiras alvinegra. Ainda assim, o time argentino mostrou espírito combativo e tentou conter o ímpeto brasileiro, mas o domínio das Brabas foi incontestável.


O apito final foi o sinal para mais uma festa da Fiel. A vitória por 4 a 0 não apenas colocou o Corinthians nas semifinais, como também reafirmou o clube como uma das principais potências do futebol feminino sul-americano. Desde o início da competição, o time demonstra foco, disciplina e uma impressionante capacidade de adaptação, qualidades que tornam o elenco candidato natural ao título.


Agora, o Timão aguarda o vencedor do confronto entre Ferroviária e Independiente Del Valle para conhecer seu adversário na semifinal da Libertadores Feminina. O duelo entre as equipes rivais ocorre ainda neste sábado, às 20h (de Brasília). Independentemente de quem venha pela frente, o Corinthians já mostrou que está preparado para qualquer desafio, buscando repetir os feitos gloriosos das campanhas passadas.


A goleada sobre o Boca Juniors reforça o espírito vencedor que caracteriza o Corinthians em todas as modalidades. As Brabas seguem representando o clube com orgulho, intensidade e paixão, levando o nome do Corinthians ao mais alto patamar do futebol continental. Com jogadoras experientes e jovens promessas que vêm se destacando, o time demonstra equilíbrio e confiança para alcançar voos ainda maiores.
A torcida, como sempre, foi um espetáculo à parte. Mesmo longe de casa, os gritos da Fiel ecoaram no estádio argentino, empurrando o time durante os 90 minutos. Essa sinergia entre jogadoras e torcedores é uma das grandes forças do projeto corinthiano, consolidando o clube como um exemplo de gestão e valorização do futebol feminino no país.


Com mais uma atuação de gala, o Corinthians reafirma sua condição de favorito ao título e avança às semifinais da Conmebol Libertadores Feminina com moral elevada e futebol encantador. A confiança é alta, o grupo está unido, e a Nação Alvinegra já sonha com mais uma final continental.


As Brabas provaram mais uma vez que vestir a camisa do Corinthians é sinônimo de garra, talento e amor à história do clube. A caminhada rumo a mais uma conquista está viva, e o sonho da América permanece firme no coração da Fiel.