Corinthians conquista o heptacampeonato do Brasileirão Feminino com triunfo sobre o Cruzeiro na Neo Química Arena
É hepta, Fiel! Na manhã deste domingo, o Corinthians ampliou seu domínio absoluto no futebol feminino brasileiro. Diante de mais de 40 mil torcedores reunidos na Neo Química Arena, as Brabas derrotaram o Cruzeiro por 1 a 0, assegurando o título do Brasileiro de 2025 e confirmando a sequência histórica do clube no torneio nacional.
O resultado, somado ao empate por 2 a 2 na primeira partida, realizada em Belo Horizonte, consolidou o placar agregado em 3 a 2. Com o triunfo, o Timão alcança seu sétimo título brasileiro, sendo seis deles de forma consecutiva (2018, 2020, 2021, 2022, 2023, 2024 e agora 2025), reafirmando sua hegemonia no futebol feminino nacional e seu papel de protagonista absoluto na modalidade.
O clima em Itaquera foi de intensa expectativa. Desde cedo, a torcida alvinegra tomou conta da arquibancada, transformando o estádio em um verdadeiro caldeirão. A partida começou equilibrada, com as duas equipes se estudando, alternando momentos de pressão e cautela. O primeiro tempo, embora repleto de intensidade e faltas, contou com poucas oportunidades claras de gol.
Escalações e estratégias
O técnico Lucas Piccinato manteve a base da equipe que iniciou o primeiro jogo da final, escalando: Nicole; Thaís Ferreira, Erika e Mariza; Tamires, Dayana Rodríguez, Duda Sampaio, Andressa Alves e Jaqueline; Gabi Zanotti e Jhonson. A escolha demonstrou confiança na consistência da equipe e no entrosamento adquirido ao longo da temporada.
Pelo lado do Cruzeiro, comandado por Jonas Urias, a escalação contou com: Camila Rodrigues; Isabela, Isa Haas, Paloma Maciel, Vitória Calhau, Bedoya, Gisseli, Pri Back, Gaby Soares, Marília e Byanca Brasil. O técnico mineiro buscava contrapor a posse de bola corinthiana e explorar eventuais espaços no setor defensivo alvinegro.
Primeiro tempo: estudo e intensidade
O pontapé inicial mostrou de imediato a intensidade da disputa. Aos três minutos, Andressa Alves cobrou escanteio buscando Erika, mas a finalização foi por cima. Aos seis, nova jogada ensaiada com Duda Sampaio foi interceptada pela defesa cruzeirense. O Corinthians mantinha a posse e pressionava, impondo ritmo e explorando as laterais.
A primeira chegada do Cruzeiro ocorreu aos 14 minutos, em cobrança de falta de Byanca Brasil, sem sucesso. As Brabas continuaram tentando criar oportunidades, com destaque para Jaqueline aos 16 minutos, que teve a finalização bloqueada dentro da área. No rebote, Gabi Zanotti cabeceou, mas não direcionou a bola. O jogo seguiu truncado até os 35 minutos, quando Gaby Soares, do Cruzeiro, acertou o travessão de Nicole, quase abrindo o placar.
Nos minutos finais, Andressa Alves e Gabi Zanotti novamente ameaçaram, mas a bola passou rente à trave. O Corinthians seguiu superior em posse e criação, mas o placar permaneceu inalterado até o intervalo.
Segundo tempo: a virada da história
Na volta do intervalo, Lucas Piccinato promoveu a entrada de Vic Albuquerque no lugar de Dayana Rodríguez, reforçando a presença ofensiva do time. A estratégia deu resultado rápido. Aos cinco minutos, Duda Sampaio arriscou de fora da área, a goleira Camila Rodrigues fez excelente defesa, e no rebote Thaís Ferreira completou para o fundo das redes, incendiando a torcida.
Com o 1 a 0 no placar, as Brabas se fortaleceram emocionalmente, mantendo a posse e controlando o ritmo. Aos sete minutos, Jhonson caiu na área em lance polêmico, mas a arbitragem deixou o jogo seguir. Piccinato aproveitou o momento para ajustar a equipe, substituindo Andressa Alves por Yaya, reforçando a marcação e mantendo o equilíbrio ofensivo.
O Cruzeiro tentou reagir aos 23 minutos, em chute de Vanessinha, defendido por Nicole, seguido de finalização errada de Byanca Brasil. A pressão mineira voltou aos 31 minutos, em escanteio, mas a defesa alvinegra afastou o perigo e manteve a vantagem.
Nos minutos finais, o técnico corinthiano fez mais duas alterações estratégicas: Letícia Monteiro e Gi Fernandes entraram no lugar de Duda Sampaio e Jhonson, e aos 41 minutos, Ariel Godoi substituiu Gabi Zanotti, garantindo fôlego e intensidade até o apito final.
O legado do heptacampeonato
Com a vitória por 1 a 0, o Corinthians confirmou sua condição de heptacampeão do Brasileirão Feminino, consolidando uma era de domínio absoluto. O título é a sétima conquista nacional do clube e a sexta consecutiva, um feito histórico que reforça a consistência, profissionalismo e qualidade técnica das Brabas.
Além do resultado em campo, a conquista reafirma o crescimento do futebol feminino no Brasil e a importância de clubes que investem em estrutura, visibilidade e valorização das atletas. A torcida corinthiana, presente em peso, celebrou cada lance, cada defesa, cada passe, transformando a Neo Química Arena em um verdadeiro símbolo de paixão e amor pelo clube.
A atenção do Corinthians agora se volta para a Copa do Brasil Feminina, onde as Brabas enfrentam o Juventude, em jogo único, na Fazendinha, valendo vaga nas quartas de final. Com o entrosamento, a experiência e a confiança adquiridos ao longo da temporada, a equipe chega como favorita e em busca de mais glórias.
Ficha técnica do jogo
Competição: Campeonato Brasileiro Feminino
Local: Neo Química Arena, São Paulo, SP
Data: 14 de setembro de 2025 (domingo)
Horário: 10h30 (de Brasília)
Árbitro: Deborah Cecilia Cruz Correia
Assistentes: Leila Naiara Moreira da Cruz e Brigida Cirilo Ferreira
Árbitro de vídeo: Rodrigo Nunes de Sá
Gol: Thaís Ferreira (Corinthians)
Cartões amarelos: Tamires, Duda Sampaio e Jhonson (Corinthians); Paloma Maciel (Cruzeiro)
Público: 40.727 pagantes (público total: 41.130)
Renda: R$ 1.237.699,00
CORINTHIANS: Nicole Ramos; Thaís Ferreira, Erika e Mariza; Tamires, Dayana Rodríguez (Vic Albuquerque), Duda Sampaio (Letícia Monteiro), Andressa Alves (Yaya) e Jaqueline; Jhonson (Gi Fernandes) e Gabi Zanotti (Ariel Godoi).
Técnico: Lucas Piccinato
CRUZEIRO: Camila; Isabela, Haas, Paloma Maciel (Miriã) e Vitoria Calhau; Bedoya, Gisseli (Sochor) e Pri Back (Letícia Ferreira); Gaby Soares (Letícia Alves), Marília (Vanessinha) e Byanca Brasil.
Técnico: Jonas Urias