O jogo começou equilibrado, com ambas as equipes demonstrando dificuldades ofensivas. Após algumas tentativas frustradas, Alana Gonçalo marcou os dois primeiros pontos do Corinthians, empatando o jogo em 2 a 2. O Timão chegou a virar momentaneamente, fazendo 4 a 2, mas não sustentou a vantagem. A partir daí, o Unimed Campinas impôs um ritmo mais forte.
Com boa movimentação de bola e um sistema defensivo eficiente, as visitantes passaram a dominar a partida. Iza Sangalli, com arremessos certeiros e presença constante no garrafão, foi o grande destaque, somando pontos fundamentais e ajudando sua equipe a abrir vantagem.
Mesmo com a tentativa de reorganização do técnico Bruno Guidorizzi, que pediu tempo técnico quando o placar chegou a 18 a 9, o Corinthians seguiu com dificuldades. O primeiro quarto terminou em 22 a 11 para o Unimed, escancarando a diferença de eficiência entre os dois lados. O Timão teve aproveitamento de apenas 40% nos arremessos de dois pontos e errou todas as bolas de três. Além disso, cometeu cinco erros e produziu apenas uma assistência.
No segundo quarto, o Unimed Campinas manteve a intensidade e ampliou com dois lances livres convertidos por Iza Sangalli, que já somava 15 pontos. O Corinthians reagiu com Licinara e Milena, que roubaram bola e marcaram, reduzindo a diferença para 23 a 15.
A equipe alvinegra começou a se encontrar defensivamente, forçando erros do adversário e ganhando confiança. Milena e Rapha Monteiro converteram lances livres, baixando a desvantagem para seis pontos. O técnico Bruno Guidorizzi, atento, pediu tempo para reorganizar a equipe, e a resposta veio com mais pontos de Milena e Tássia, deixando o placar em 29 a 25.
Contudo, o fôlego da reação foi interrompido por uma bola de três do time campineiro. Mesmo com uma cesta com falta de Milena (que não converteu o lance adicional), o Unimed reagiu com cestas rápidas e reconstruiu a vantagem, fechando o primeiro tempo em 37 a 27.
O Corinthians voltou do intervalo tentando reduzir a vantagem. Rapha Monteiro e Alana marcaram, e o placar caiu para 37 a 31. Entretanto, Iza Sangalli voltou a aparecer, chegando a 17 pontos e mantendo o adversário na frente.
Com Licinara e Rapha Monteiro contribuindo, o Timão reduziu para cinco pontos (41 a 36), mas não conseguiu manter o ritmo. Agustina Marín acertou uma bola de três e devolveu o controle ao time campineiro, que forçou novo tempo técnico de Guidorizzi.
Mesmo após a parada, o Unimed Campinas manteve a consistência. As bolas de fora continuaram caindo — mais uma vez com Agustina — e a vantagem subiu para 52 a 39. O Corinthians respondeu com um lance livre de Rapha Monteiro e outro de Licinara no fim do período, fechando o quarto em 54 a 43.
Com a missão de buscar um milagre, o Corinthians iniciou o último período com intensidade. Quatro pontos consecutivos animaram a torcida e forçaram Bernardo dos Santos, técnico do Unimed, a parar o jogo com menos de dois minutos.
Na volta, Licinara acertou mais um arremesso e deixou o placar em 54 a 50, dando sinais de que o Timão poderia reagir. No entanto, a resposta do Campinas foi rápida e certeira: Aline sofreu falta e converteu um lance livre, e Agustina Marín encerrou sequência improdutiva com cesta: 57 a 50.
A equipe visitante rodava bem a bola, explorava o relógio e aproveitava os erros corinthianos, que voltaram a aparecer, especialmente nos lances livres. A vantagem voltou a crescer com pontos de Meli Gretter e Aline, chegando a 63 a 50.
As tentativas de Bruno Guidorizzi de mudar o panorama com substituições e pedidos de tempo não surtiram efeito. O Unimed Campinas, maduro, soube administrar o resultado até o apito final, marcando ainda com Maisa e Meli Gretter para fechar o confronto em 68 a 52.
Com a eliminação, o Corinthians encerra sua participação na LBF 2025 de forma melancólica, com duas derrotas consecutivas nas quartas de final e sem apresentar evolução significativa ao longo da temporada. A equipe mostrou potencial em alguns jogos, mas falhou nos momentos de maior exigência.
Faltou regularidade, precisão nos lances livres, e sobretudo maior repertório ofensivo em partidas decisivas. Individualmente, nomes como Milena, Rapha Monteiro e Licinara se destacaram, mas não foram suficientes para conter o bem treinado e entrosado time do Unimed Campinas.
Para a comissão técnica e diretoria, o encerramento da temporada serve como alerta. Reforços, ajustes táticos e maior preparação física serão fundamentais para que o Timão volte a figurar entre os protagonistas da próxima edição da liga.