Corinthians perde para o Huracán e está eliminado da Copa Sul-Americana.
O Corinthians deu adeus precocemente à Copa Sul-Americana na noite desta terça-feira, após ser derrotado por 1 a 0 pelo Huracán, em partida disputada no Estádio Tomás Adolfo Ducó, em Buenos Aires. O revés diante da equipe argentina, que utilizou um time alternativo, selou a eliminação do Timão ainda na fase de grupos, encerrando sua participação na terceira colocação do Grupo C.

A equipe comandada por Dorival Júnior precisava apenas de um empate para garantir a classificação aos playoffs do torneio continental. Isso porque, no outro jogo do grupo, o América de Cali, da Colômbia, empatou por 1 a 1 com o Racing, do Uruguai, com gol nos acréscimos, o que mantinha o Corinthians em vantagem no critério de desempate.
Entretanto, a atuação irregular e a falta de efetividade ofensiva custaram caro. O Huracán, mesmo com sua formação reserva, demonstrou mais organização tática, e com um gol solitário no início do segundo tempo, garantiu não só a vitória, como também a liderança do grupo, deixando o América de Cali com a segunda vaga.
Desempenho decepcionante e eliminação precoce.
A campanha do Corinthians na Sul-Americana chega ao fim com um desempenho abaixo das expectativas. Ao longo dos seis jogos da fase de grupos, o clube somou apenas oito pontos, com duas vitórias, dois empates e duas derrotas. O saldo, tanto em campo quanto emocionalmente, é negativo, sobretudo pela decepção da torcida que esperava uma reação na competição internacional.
A eliminação se torna ainda mais dolorosa ao considerar que o adversário desta terça-feira poupou seus principais jogadores, visando compromissos nacionais. O Corinthians, por sua vez, entrou em campo com o que tinha de melhor disponível no momento.
Escalações e retornos importantes
O técnico Dorival Júnior promoveu mudanças no time titular, principalmente no setor ofensivo. O atacante Memphis retornou à equipe após se recuperar de uma lesão ligamentar no tornozelo, enquanto Carrillo foi escalado no lugar de Yuri Alberto, que ficou de fora por conta de uma fratura no processo transverso da vértebra L1 localizada na região lombar.
Dessa forma, o Corinthians foi a campo com: Hugo Souza; Félix Torres, Cacá, André Ramalho e Angileri; Raniele, José Martínez e Breno Bidon; Carrillo, Romero e Memphis.
Já o Huracán, comandado por Frank Kudelka, iniciou com: Sebastián Meza; De la Fuente, Fabio Pereyra, Goitea e Leandro Lescano; Leonel Pérez, Victor Cantillo e Watson; Cabral, Sequeira e Gabriel Alanis.
Primeiro tempo de pouca inspiração
A partida começou com o Corinthians tentando impor um ritmo mais acelerado, buscando o ataque logo nos primeiros minutos. No entanto, a equipe não conseguia transformar posse de bola em efetividade. Aos três minutos, o Huracán teve a primeira chance clara: Cabral cruzou uma bola perigosa da direita que passou na frente do gol sem ninguém para completar.
Aos dez minutos, o Corinthians respondeu com uma cobrança de falta de Memphis na área, onde Raniele se movimentou , mas não conseguiu controlar a bola com precisão. Em outra tentativa, aos 12 minutos, o próprio Raniele arriscou de fora da área, mas o chute saiu muito torto.
O primeiro tempo seguiu sem grandes emoções, com o Corinthians encontrando dificuldades na criação das jogadas. Aos 26 minutos, Raniele novamente apareceu no ataque, girou e bateu dentro da área, mas foi travado no momento do chute.
A melhor chance do Timão na primeira etapa aconteceu aos 36 minutos. Angileri cruzou da esquerda, a zaga desviou mal e Martínez pegou de primeira, mas a finalização foi por cima do gol.
Por sua vez, o Huracán criou boas chances e só não abriu o placar graças a uma excelente defesa de Hugo Souza aos 32 minutos, após finalização de Sequeira dentro da área.
Segundo Tempo
Logo no retorno do intervalo, o técnico Dorival Júnior fez sua primeira alteração, colocando Talles Magno no lugar de Martínez. Porém, antes mesmo que o Corinthians pudesse se reorganizar em campo, o Huracán marcou o único gol da partida. Aos 46 segundos, Watson subiu livre na área e cabeceou no canto do gol de Hugo Souza que não conseguiu alcançar.
O gol deixou o time paulista visivelmente abalado. Apesar das tentativas de reação, o Corinthians se mostrava desorganizado ofensivamente e pouco criativo. Os argentinos, por outro lado, passaram a tocar a bola com tranquilidade, sob os gritos de Olé da torcida local.
Aos 11 minutos, novas alterações no Timão: Matheuzinho e outro jogador entraram nos lugares de Romero e Félix Torres. A bola parada voltou a ser aposta, mas a falta cobrada foi travada pela barreira.
Pouco depois, aos 13, o Huracán quase ampliou com Sequeira, que avançou livre e finalizou para fora. Três minutos depois, Cabral assustou novamente, com uma pancada que passou muito perto do travessão.
O Corinthians respondeu com Rodrigo Garro em cobrança de falta aos 23 minutos. O chute direto exigiu boa defesa de Meza, que espalmou para escanteio. Em seguida, Coronado entrou na vaga de Bidon, tentando mudar o panorama da partida.
Pressão final sem resultado
Nos minutos finais, o Timão tentou um abafa. Aos 34 minutos, Carrillo avançou pela direita e cruzou na área. Talles Magno tentou se abaixar para o cabeceio, mas não conseguiu direcionar a bola com precisão.
Mesmo com posse de bola superior, o Corinthians falhava na construção de jogadas mais agudas. Os argentinos se fecharam bem e administraram a vantagem até o apito final. O time paulista, por sua vez, esbarrou nas próprias limitações e saiu de campo derrotado e eliminado.
Próximo compromisso

Após a eliminação, o Corinthians volta as atenções ao Campeonato Brasileiro. No próximo domingo, 1º de junho, a equipe recebe o Vitória, às 18h30, na Neo Química Arena, em confronto válido pela competição nacional antes da pausa para a Data Fifa.
O jogo será decisivo para o Corinthians retomar a confiança e tentar reorganizar sua temporada, que já acumula frustrações no cenário internacional. A pressão sobre Dorival Júnior aumenta, e a torcida aguarda uma resposta imediata.